Fenapef e centrais sindicais participam de debates sobre os desafios do Ajuste Fiscal

Data: 23/09/16

803707969_98899_13914171195808111967Na última quarta-feira, 21, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), representada pelo Diretor de Seguridade Social, Sérgio Bezerra Pinheiro, participou da “3° Jornada de Debates do Setor Público – Desafios Diante do Ajuste Fiscal”, promovido pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e Centrais Sindicais,

Além da Fenapef, participaram as seguintes entidades: Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central dos Servidores Públicos (CSP), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Força Sindical e NCSB.

O evento realizado no Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central, em Brasília, foi aberto com explanações críticas feitas por representantes do DIEESE sobre o ajuste fiscal, passando depois a debates com os participantes. De acordo com o Diretor de Seguridade Social, esse tema é muito polêmico, pois desde 1979 os governos tentam mudanças, mas não conseguiram ainda uma proposta de ajuste fiscal que não coloque os problemas na conta dos servidores públicos.

No evento também foi debatida o Projeto de Emenda Constitucional - PEC 241/2016 que congela os gastos públicos por 20 anos, inclusive os ajustes salariais dos servidores públicos. O DIEESE apresentou um estudo mostrando que se a PEC 241/2016 estivesse em vigor, a educação sofreria perda em seu orçamento de R$ 400 bilhões e a educação 300 bilhões em dez anos.

Para Sérgio Pinheiro o evento foi positivo porque se percebeu que há uma conscientização dos servidores públicos com relação à necessidade das entidades sindicais unirem forças para a derrubada da PEC241, para que os servidores não paguem essa conta. Para ele, o governo terá que buscar outras vertentes para o ajuste fiscal. ”O serviço público no Brasil já vem sendo sucateado e os salários dos servidores públicos não vem sendo sequer repostos das perdas inflacionárias. Por isso, essas medidas implicariam na prática em redução de salários, o que é vedado pela Constituição Federal”, afirmou.

No evento ficou decidido também a possibilidade de os servidores públicos entrarem em greve geral por conta do não cumprimento dos acordos salariais firmados no governo passado em relação aos reajustes.

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