A Polícia Federal deflagrou ontem (17) uma operação contra crimes ambientais cometidos em Mato Grosso que teriam provocado prejuízos de mais de R$ 65 milhões. Foram cumpridos um mandado de busca e apreensão e um de condução coercitiva em Cuiabá, cinco de busca e apreensão e quatro de condução coercitiva em Barra do Garças, distante 516 km da capital, e dois de busca e apreensão e um de condução coercitiva em Brasília.

Os mandados de condução coercitiva são contra cinco funcionários do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) e um advogado. Eles não tiveram os nomes divulgados pela Polícia Federal.  Conforme a PF, entre os bens apreendidos nesta quinta-feira (17) estão documentos e mídias.

As investigações começaram em 2013, após denúncias recebidas pelo Ibama de que um grupo estaria praticando desembargos irregulares e sem fundamento de áreas embargadas, o cancelamento de autuações e até assinatura de termos de ajustamento de conduta sem justificativa técnica e ambiental.

Conforme as investigações, servidores do Ibama e de outras autarquias teriam recebido propina e demais benefícios para que fossem cometidos crimes como falsidade ideológica, prevaricação, advocacia administrativa, inserção de dados falsos em base de dados oficiais e formação de quadrilha.

Segundo o Ibama, servidores suspeitos de fazerem parte do esquema já respondem processo administrativo.