PF investiga recursos federais destinados à área social na região de Jales
Data: 02/06/17
A Polícia Federal de Jales (SP) investiga desvios de recursos federais do Programa de Atenção Integral à Família (PAIF), durante operação deflagrada na manhã desta quinta-feira (1º).
Cerca de 50 policiais federais cumpriram 11 mandados de busca e apreensão, sendo um em Urânia, sete em Jales, um em Mira Estrela, um em Fernandópolis e um Santa Fé do Sul, que foram expedidos pela Justiça Federal de Jales.
As investigações da operação, denominada "Arranjo", tiveram início no começo deste ano após a PF saber que licitações e pagamentos suspeitos eram feitos com recursos federais do PAIF, destinados à Secretaria de Ação Social de Urânia.
As investigações apontaram que houve "fatiamento" nas licitações de cursos e palestras entre determinadas empresas, já que não havia disputa nas licitações, mas um arranjo entre as empresas, segundo a PF. A polícia diz que também há fortes indícios de que vários cursos não foram realizados, embora os valores tenham sido integralmente pagos.
Ainda segundo a PF, notas fiscais suspeitas de serem frias totalizam R$ 300 mil, que foram pagos com recursos públicos da área social destinados ao PAIF somente em Urânia.
Os mandados foram cumpridos nas sedes das empresas envolvidas e nas casas dos seus proprietários, servidores e outros investigados.
Há dois meses, a PF de Jales deflagrou a Operação Repartição, que investigou e prendeu o ex-prefeito e outros quatro ex-assessores de Urânia. O ex-prefeito preso também administrava Urânia à época dos pagamentos e licitações suspeitas relativas aos pagamentos com recursos do PAIF.
Os investigados serão indiciados pelos crimes de peculato, associação criminosa e fraude em licitação. Todo o material recolhido pelos federais será analisado na sede da Polícia Federal de Jales para que sejam feitos cruzamentos para confirmação de informações e identificação de outros possíveis delitos cometidos pelas empresas investigadas em outras cidades.