PF vai acompanhar retorno de indígenas à reserva após conflitos violentos no RS

Data: 20/10/17

Indígenas que viviam uma situação de conflito há dois meses na cidade de Charrua, no Norte do Rio Grande do Sul, entraram em acordo após reunião realizada na quinta-feira (19). O grupo que foi expulso da reserva do Ligeiro voltou para casa, e será acompanhado pela Polícia Federal por 10 dias.

As aulas chegaram a ser suspensas por várias vezes na cidade, casas e veículos foram incendiados, e um indígena foi morto durante o conflito.

Líderes de ambos os grupos que vivem na reserva tiveram um encontro mediado pela Procuradoria da República, Polícia Federal, Brigada Militar e representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai).

O conflito teve início por conta de uma disputa por poder dentro da reserva. Neste período, mais de 60 casas foram incendiados, carros foram alvejados a tiros entre outros relatos de violência.

Por conta da situação, 400 indígenas foram expulsos da reserva e se abrigaram em um ginásio da cidade de Charrua.

A reunião ocorrida na quinta-feira foi o segundo encontro entre os grupos em conflito. Desta vez, a reunião aconteceu no Ministério Público Federal de Erechim. Foi acordado o grupo afastado poderia retornar ainda na quinta para a reserva.

O acordo foi alcançado após as lideranças combinarem que o conselho que lidera a reserva será composto por pessoas de ambos os grupos.

"Se tentou articular uma composição para que haja um equilíbrio das forças e que as lideranças consigam reconstruir a terra indígena, que com todas as queimadas, e com os trágicos acontecimentos, eles vão tentar reerguer", afirmou a procuradora da República, Letícia Benrdt.

O retorno dos indígenas afastados para a reserva será acompanhado pela Polícia Federal por 10 dias para evitar novos conflitos.

Fonte: G1

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