Polícia Federal faz operação contra fraude em obras do VLT em Mato Grosso

Data: 09/08/17

Com obras paradas, blocos de concreto foram colocados para separar trilhos do VLT e avenidas; foto mostra trecho da Avenida da FEB, em Várzea Grande (Foto: Gcom-MT)
Uma operação que apura fraudes em obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e em Várzea Grande, região metropolitana, foi deflagrada nesta quarta-feira (9) pela Polícia Federal de Mato Grosso. Segundo a PF, são 18 mandados de busca e apreensão, que devem ser cumpridos em Mato Grosso, Minais Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. As obras do VLT estavam previstas para a Copa do Mundo, de 2014, e estão paradas desde dezembro de 2014. De acordo com a PF, a operação ‘Descarrilho’ apura crimes de fraude em procedimentos licitatórios, associação criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de capitais que teriam ocorrido durante a escolha do modal do VLT e a execução da obra na capital mato-grossense.

Do total de 18 mandados de busca e apreensão, 10 são em Cuiabá (MT), um em Várzea Grande (MT), um em Belo Horizonte (MG), um no Rio de Janeiro (RJ), um em Petrópolis (RJ), dois em São Paulo (SP) e dois em Curitiba (PR). Os policiais federais cumprem ainda um mandado de condução coercitiva na capital mato-grossense. A PF não divulgou quem são os nomes dos alvos da operação.

A investigação colheu elementos pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal que apontam indícios de acertos de propina com representantes de empresas integrantes do Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, bem como desvio de recursos por intermédio de empresas subcontratadas pelo consórcio.

Com R$ 1 bilhão já investido, a obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que deveria ter ficado pronta para atender a demanda da Copa do Mundo de 2014, completou dois anos e sete meses parada. Conforme o governo, o maior impasse é em relação ao custo para concluir o projeto.

O estado diz já ter repassado R$ 1.066 bilhão às empresas e que o consórcio chegou a pedir mais R$ 1,2 bilhão para terminá-la. Inicialmente, esse projeto estava orçado em R$ 1,4 bilhão. Ou seja, deve custar o dobro que o orçamento inicial. No mês passado, o governo do estado e o Consórcio VLT pediram à Justiça Federal mais 30 dias para apresentarem uma nova proposta de acordo para a retomada das obras do VLT em Cuiabá e Várzea Grande.

Os ministérios públicos Estadual e Federal já se manifestaram, por duas vezes, contrários ao acordo selado pelo governo e o consórcio construtor em março deste ano. Entre os pontos de discordância também está o valor para a retomada das obras. De acordo com um estudo de uma empresa contratada pelo governo, seriam necessários R$ 922,7 milhões para a retomada da implantação.

O acordo para a retomada das obras do VLT precisa do parecer favorável dos MPs e da homologação da Justiça para ser colocado em prática. As obras estão paradas desde dezembro de 2014, por força de decisão judicial.

Fonte: G1

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