Polícia Federal investiga fraudes de R$ 13 milhões em construções de luxo em Balneário Camboriú

Data: 10/05/17

A Polícia Federal deflagrou a operação Conexão Miami nesta terça-feira (9) de manhã no Litoral catarinense para desarticular uma suposta associação criminosa. De acordo com a PF, estariam envolvidos empresários do ramo da construção civil de Itajaí e Balneário Camboriú, dois doleiros denunciados em uma operação em 2015, dois empresários americanos e um alemão — representantes de uma marca internacional de veículos de alto luxo — e dois corretores de imóveis.

Ao todo, 45 policiais foram mobilizados para cumprir nove mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária em Balneário Camboriú e Itajaí. Há ainda uma cooperação internacional para o interrogatório de três empresários estrangeiros nos Estados Unidos e na Alemanha. A suspeita é de que a organização criminosa tenha movimentado de forma fraudulenta mais de R$ 13 milhões.

O esquema começou a ser desvendado durante a operação Ex-Cambio, deflagrada em 2015, que investigou quatro organizações compostas por doleiros que praticavam crimes de evasão de divisas com fraude cambial, gestão fraudulenta de instituições financeiras e lavagem de dinheiro. Durante a investigação de uma operação de câmbio feita por uma empresa fantasma para pagar uma companhia norte-americana de empreendimentos de luxo, a PF descobriu que o real pagador era uma construtora de Balneário Camboriú. O contrato fraudado deveria ser feito para uma empresa alemã detentora de uma marca de carros de luxo para que a construtora usasse a marca no Brasil.

De acordo com a PF, o empreendimento em questão seria o Porsche Design Towers Brava, condomínio luxuoso de quatro torres projetado no meio da mata na Praia Brava, em Itajaí. O empreendimento já é alvo de um inquérito do Ministério Público.

Para evitar altos custos, os envolvidos teriam feito o pagamento através de contratos fraudados de câmbio à licenciadora da marca nos Estados Unidos, para que essa empresa repassasse o dinheiro à Alemanha.

Os envolvidos devem responder pelos crimes de fraude em contratos de câmbio, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Agora o material apreendido será analisado, os dois empresários presos serão interrogados e o material será compartilhado com o Ministério Público.

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