UPB decide cobrar posicionamento do governo

Data: 16/03/17

IMG_1892

Integrantes da União dos Policiais do Brasil (UPB) decidiram nesta quarta-feira (15), em assembleia geral, realizada em Brasília (DF), enviar documento ao Executivo questionando se o pleito dos profissionais de segurança pública, que reivindicam a manutenção da atividade risco para os policiais, direito previsto na Constituição, será atendido. A proposta da UPB é que o governo oriente sua base aliada e o relator da comissão especial que analisa a PEC 287 a acatarem as emendas de interesse dos policiais e agentes penitenciários. A diretoria da Fenapef, que integra a liderança do grupo, participou do ato público.

Em todo o país, lideranças sindicais, representando os mais de 300 mil profissionais de segurança pública, se reuniram nas Assembleias  Legislativas de seus estados e no Congresso Nacional, orientados pela entidade. A mobilização foi um ato de resistência frente as tentativas do governo em dar encaminhamento ao texto da reforma da Previdência ignorando os riscos da atividade policial.

Se o governo não recuar, a UPB vai orientar as entidades a realizarem paralisações ou indicativos de greve geral para os operadores de segurança pública do país.

Durante sua fala, o presidente da Fenapef, Luis Boudens, destacou que as entidades policiais têm feito um trabalho incessante junto a parlamentares, senadores e porta-vozes do governo para barrar a PEC. Para o presidente, o momento é de união e resistência. "A luta que nós travamos aqui vai ser recompensada lá na frente, o direito de ter uma aposentadoria digna".

Informações apresentadas na a assembleia  pelo vice-presidente da Fenapef e presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal (Sindipol/DF), Flávio Werneck, mostram que o impacto da retirada dos profissionais de segurança pública da reforma da Previdência não custaria aos cofres públicos o preço que a sociedade paga atualmente pela crise de segurança pública que atinge o país. "Os profissionais de segurança pública representam 6,8% do que se pretende reformar. Retirar a atividade policial e colocar a segurança do Brasil em risco, alegando impacto econômico, é uma ofensa a quem trabalha correndo risco de vida no País".

photo5069146524633638828Emendas Na terça-feira (14), lideranças da UPB, incluindo a presidência da Fenapef, iniciaram uma corrida para recolher as 660 assinaturas que precisavam para protocolar três emendas parlamentares na secretaria da Comissão Especial. Segundo Boudens, a União dos Policiais do Brasil protocolou três emendas emendas (66, 67 e 68), todas com mais de 220 assinaturas. Para a surpresa dos policiais, apenas a emenda 67 foi aceita, sem pendências. A emenda 66 precisava de 54 novas assinaturas e a emenda 68 de 23.

As assinaturas que estavam em duplicidade ou que não conferiam com o cadastro da secretaria foram descartadas. O prazo das assinaturas venceu no final do dia em que a UPB entrou em ação no Congresso.

"Conseguimos ficar dentro do plenário e saímos à caça das assinaturas faltantes, para as emendas 66 e 68, com cuidado de não recolher duplicadas. Ao final, comemoramos quando a nos foi comunicada a validação das 3 emendas da UPB. Um dia duro, mas de um trabalho eficaz e com muito espírito de união", afirmou.

Foram apresentadas uma emenda supressiva, que retira os policiais das regras e requisitos de idade mínima; uma emenda aditiva, que inclui os policiais legislativos e agentes penitenciários na atividade de risco e atividade policial; e uma emenda de regra de transição para todas as categorias de segurança pública até que seja editada nova Lei Complementar para regulamentar a aposentadoria.

OUTRAS NOTÍCIAS

Diretores da Fenapef participam de palestra em Brasília

Fenapef convoca os policiais federais para atuarem junto aos deputados...

50 milhões de brasileiros têm parente ou amigo assassinado, diz Datafolha

Relatório aprovado pela Comissão da Reforma da Previdência prejudica os...